Un treno azzurro perso per sempre. La nostalgia di ciò che mai fu.

Asciugati le lacrime, ragazzo dalle guance rigate. Cosa vuoi farne, dimmi, di questa polverosa malinconia?

Non fa più male. Non fa più male, credimi.

Sali, con la polvere sulla pelle e le scarpe rotte, sul treno che ferma al club lì all’angolo.

Ascolta, se puoi, le storie di chi passa. E raccontane, più che puoi, con la tua voce di mille colori.

Librati, distrattamente, o magari provaci soltanto, come il vento che spesso tinge il volto.

Ridiscendendo in fondo (in fondo in fondo) al cuore, attendi il suo superno confidarsi.

Cose che a dirle non dicono nulla, lo so. Eppure, crederai forse a ciò che dice il cuore?

Lì, tutto intorno, valigie disordinatamente appoggiate, che a sbirciarci dentro fanno luce. Pronte, da sempre, a partire ed andarsene lontano.

Cartoline e istantanee, levigate dal sudore delle mani e dal soffiare del tempo. Attese e amori. Strade. Un assaggio di vita e morte. Attese soltanto. Luoghi e volti, ormai dimenticati. Tracce di cose accadute, tutte ormai senza memoria. E che dire poi di ciò che non avemmo in sorte?

Giochiamo a farci male, Estrella (così disse, mi pare).

Specchiati nel mare, o vattene soltanto.

Tutto quel che volevi essere, e che non sarai. Tutte cose dimenticate.

Resta solo quella voce che inonda dentro ogni innominato anfratto e lì resta, per sempre.


Um trem azul perdido para sempre. A nostalgia do que nunca existiu.

Enxugue suas lágrimas, garoto de bochecha listrada. O que você quer fazer, diga-me, essa melancolia empoeirada?

Não dói mais. Não dói mais, acredite em mim.

Pegue, com poeira na pele e sapatos quebrados, o trem que para na clube da esquina.

Ouça, se puder, as histórias de quem passa. E fale sobre isso, tanto quanto você puder, com sua voz de mil cores.

Flutua, distraidamente, ou talvez apenas tente, como o vento que muitas vezes tinge o rosto.

Voltando para o fundo (ao fundo ao fundo) do coração, você espera por sua confiança sublime.

Coisas que não dizem nada, eu sei. E ainda, você vai acreditar no que o coração diz?

Lá, por toda parte, malas inclinadas em desordem, que, se você espiar dentro, se iluminam. Sempre pronto para ir até o fim.

Cartões postais e instantâneos, suavizados pelo suor de suas mãos e pelo sopro do tempo. Expectativas e amores. Ruas. Um sabor de vida e morte. Expectativas apenas. Lugares e rostos, agora esquecidos. Vestígios de coisas que aconteceram, agora sem memória. E o que ainda não tivemos em nosso destino?

Vamos brincar de nos machucar, Estrella (foi o que ele disse, eu acho).

Espelhe-se no mar ou simplesmente afaste-se.

...

Tudo o que você queria ser e não será. Todas as coisas esquecidas.

Resta apenas aquela voz que inunda cada ravina sem nome e permanece lá para sempre.

Carico i commenti...  con calma